Especialista fala sobre o papel do químico e o uso da tecnologia no tratamento de água e efluentes

 “Qualquer pessoa pode tratar água? Pode! Desde que tenha um profissional que oriente e assuma toda a responsabilidade por essa água que foi tratada”.

Foi essa uma das primeiras informações trazidas por Josias Coringa, licenciado e bacharel em Química, mestre em agricultura tropical, doutor em Química, especialista em avaliação de impactos em saúde e ambiente e professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso (IFMT), na live realizada pelo Conselho Regional de Química da 16ª Região (CRQ XVI) nesta sexta-feira.

Na conversa com a presidente do CRQ XVI Suzana Aparecida da Silva, o profissional – que tem vasta experiência na área ambiental e na gestão de água e efluentes, explicou que a presença do químico ou técnico em química no processo de tratamento de água é indispensável, pois é ele quem sabe como fazer o tratamento adequado de cada tipo de água, como e o porquê de se fazer esse tratamento”.

Josias afirmou que o mercado de tratamento de água e efluentes ter avançado muito tecnologicamente, citando como exemplo até o uso de biorreatores de membrana no processo, mas ressaltou que nem por isso o profissional da química pode se acomodar e achar que todo o trabalho será realizado por máquinas. É preciso continuar se aperfeiçoando.

“O profissional que se atualizou, que sabe sobre o funcionamento de máquinas, que entende essa questão de dose e dosagem, que sabe o que é limite de vazão, que entende por que está se aplicando determinado produto químico e qual a quantidade que se aplica, ele tem êxito total”.

A qualidade da água como aliada no combate ao novo coronavírus também foi tema da conversa. A presidente Suzana lembrou que “muito se fala sobre o uso do álcool no combate ao novo vírus, mas esquece que água também tem um papel importante quando o assunto é a higienização das mãos”, e o professor explicou que para que o processo de tratamento da água seja eficaz contra os micro-organismos é fundamental a conservação dos filtros.

“Numa estação de tratamento de água convencional, utilizada nas cidades, há um filtro de grande dimensão. É um filtro de seixos roláveis, que são vários materiais sobrepostos, com um elemento essencial que é o carvão, também chamado de carvão mineral ou atracito. Esse é o elemento filtrante, que vai dar essa segurança para a população, que vai reter esse micro-organismo. Ele retém 90% de micro-organismos e o restante sai na desinfecção”.

Mas segundo o especialista, para se assegurar que a água utilizada em casa esteja em boas condições de uso, a população precisa se preocupar com questões que vão além de uma estação de tratamento.

“Por mais que a empresa faça um bom tratamento de água, é preciso que as pessoas tenham cuidado em suas residências. Tem um reservatório que é descoberto, a pessoa mora em um conjunto residencial e nunca lavou o reservatório, e a recomendação do Ministério da Saúde e da Vigilância Sanitária é que a cada seis meses se faça uma limpeza, desinfecção, com hipoclorito ou água sanitária”.

“Falas da Química – O novo futuro já começou”

O CRQ XVI realizou quatro lives dentro da programação especial do Sistema CFQ/CRQs, em celebração ao dia do Químico, comemorado no dia 18 de junho. Se você perdeu ou quer rever alguma delas, é só acessar o perfil do Conselho Regional no Instagram @crq16.

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